domingo, 19 de setembro de 2010

A bendita questão de tempo


Com a mudança na rotina e o novo emprego, uma velha picuinha minha voltou a assolar minha já não muito organizada vida: o dilema entre mim e os horários.
Não posso dizer que isso está desagradando os novos patrões (até porque, além de serem meus parentes, conseguem chegar mais tarde que eu), mas isso já está me incomodando há muito tempo. Afinal, não é nada legal deixar os outros esperando de 5 a 20 minutos, enquanto a noiva termina de se arrumar ou de se despedir de alguém no MSN. Não mesmo, mudar é uma questão de honra.
O problema é que não sinto dificuldade em lidar com despertadores e lembretes. Pelo contrário, como insône de carteirinha que sempre fui, ao primeiro bipe do celular já estou com a mente pronta para começar qualquer atividade.
A tarefa mais árdua que tenho é conseguir me alongar, trocar as roupas, comer e tomar café com velocidade de movimentos maior do que 5 movs/min. Sem contar as filosofias que minha mente começa a elaborar quando acorda, naquele estado de inércia que um corpo franzino e preguiçoso fica, como se o tivessem colocado levantado, embora ele continuasse dormindo. Haja Copernicos para tantas teorias e pouca praticidade.
Já sei. Criarei um sistema revolucionário anti-dormentes: pegarei o despertador antigo da minha avó (aqueles de dar corda), amarrarei em sua sineta uma cordinha que também se amarrará a uma roldana, a qual será amarrada a uma xícara com um pouquinho de água. Com o movimento da sineta do despertador, irei acordar no susto, ficarei estressada, pularei da cama e farei tudo em menos de 5 minutos, pois além da minha rotina habitual, terei ainda que colocar o colchão para secar.
Brincadeiras à parte, ainda não sei como me auto-organizar para dar conta da rotina sem perder tanto tempo. Que tal tu comentares neste post, dando-me algumas dicas?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Escolha uma estrada e não olhe pra trás"

Estou exausta, mas não pude deixar de passar aqui para contar. Estou um pouco fora do ar ainda, mas, pelo que eu ouvi e vi nesta semana, um pedaço dos meus dezoito anos de existência foi vendido. Quero ver onde vou me refugiar para fugir do barulho do calçadão, em semanas de prova. Resumindo, a loja onde eu trabalho foi vendida.
Não estou triste, pelo contrário. É uma sensação maravilhosa saber que não vou mais precisar lidar com as intempéries de humor da clientela feminina e nem precisar sorrir e ainda agradecer pelos sapos que engulia. Não, eu não tenho vocação (apesar do poço de paciência) para a arte do [psico]atendimento.
Mas tudo bem. Não caiu a ficha ainda que tudo isso está acontecendo, mas eu me adapto, tenho muito caminho pra criar ainda.

Não sei, mas o terceiro tempo dessa música do Dvořák [lê-se /divórjac/ e vide a partir de 1:27] é a que mais explica esse meu clima de despedida com essa parte da minha vida que se encerra, para dar início a outra.