domingo, 12 de dezembro de 2010

Segundo recital

Essa será a terceira tentativa em que eu entro no blog para postar sobre a noite de terça-feira. Agora preciso contar de uma vez.
Foi feito no salão de festas da pizzaria Help, onde havia um boliche antes. Fiquei preocupada com a acústica de lá, mas logo vi que os cubos e os retornos nos devidos lugares resolveriam qualquer sombra de problema.
Minha professora me incumbiu de ajudá-la na chamada de cada aluno ao palco, para se apresentar. Sem problemas, desde que ela me desse uma pauta organizada.
Cheguei em cima da hora, com o Andrei e minha mãe. Deixei-os na mesa e fui para o palco.
Começamos pelas músicas a quatro mãos (para duas pessoas tocarem). Dois a dois, inclusive eu e outra colega. Tocamos Galope do Diabo, de Gustav Ludovic . Minhas pernas tremiam feito vara verde, mas as mãos continuavam firmes (embora um ou outro descuido ainda ocorresse).
Prosseguindo, passamos às músicas ao piano e ao teclado. Eu seria uma das últimas, então teria tempo para relaxar. As apresentações foram intercaladas por três músicas maravilhosamente tocadas por um ex-aluno de minha professora. A Pollonaise e o Noturno n°1, de Chopin, além de outra intensa e melancólica que, infelizmente, não me recordo o nome. Não sei se para ele valeu a pena sair lá de Florianópolis, em véspera de prova e faltar um dia de trabalho só para vir tocar no recital, mas, sem dúvida valeu muito para mim, pois esse mãos-de-anjo me fez lembrar de outro pianista, também ex-aluno de nossa professora, que era capaz de me fazer perder em devaneios quando ele tocava.
Dando continuidade, as apresentações se estenderam por três horas. Tirando o "chá de cadeira", para quem ficou sentado não houve tanto cansaço, já que havia rodízio de pizza e bebidas quando precisassem. O triste era aguentar a noite toda aquele cheirinho vindo ao palco, com uma mal-educada gritando os sabores, sem podermos sequer beliscar um pedaço.
Fui me apresentar sozinha lá pelas dez horas da noite. Estava cansada, em função do tempo que fiquei de pé, mas sabia que ainda podia tocar as músicas. Inicialmente, iria tocar Lua Branca, Não insistas, rapariga! - ambas de Chiquinha Gonzaga - e Valsa em Mib, de Auguste Durand. Como o recital se extendeu além do limite, cortamos a segunda música da Chiquinha Gonzaga. A Lua Branca ficou maravilhosa, apesar de minha professora já estar com a voz um pouco cansada no final da noite. Já na Valsa, eu fiquei mais nervosa e errei muito. Também por ser tarde e ser uma música um pouco extensa e cansativa, meu desempenho foi um pouco afetado.
No fim da noite, depois das despedidas de sempre, fomos para a pizzaria, comer nossa merecida. Meus amigos aguentaram a noite toda, sem comer um pedacinho, em solidariedade a mim. Foi uma noite muito divertida (principalmente por ter podido compartilhar com grandes grandes pessoas que quero muito bem) e fiquei com o gostinho de quero-mais, da próxima apresentação.
O Andrei ficou gravando para mim, mas as duas últimas músicas ele acabou filmando num vídeo só e deixou um pedaço da última música em outra gravação. Só deu para salvar a primeira música solo (o que poupou a todos de ver uma música linda de Durand sendo mal tocada). Vou postá-las aqui. Espero que gostem
Quatro mãos:
Solo no piano:

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