segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes

Assisti neste domingo o recém-lançado filme Sherlock Holmes. Pegamos alguns ônibus até Criciúma e chegamos com antecedência. Bendita prudência! A sala chegou perto de lotar. Mas falemos sobre o filme.
0 início sombrio, úmido e frio fez juz ao amiente londrino que Conan Doyle sabia como ninguém descrever. Só faltou aquela neblina por toda a parte e ser noite.
Homes mostrou um lado aventureiro bem mais ágil e, em algumas partes, maquinário que nos livros. Ele e o Dr. Watson, inclusive, mostram-se incríveis pugilistas amadores. Aí como a aparecer cenas estranhas a alguns leitores assíduos do grande detetive: tudo se passa dentro da cabeça do detetive antes de acontecer, como se a mente dele substituísse os relatos de seu fiel amigo para nós. Bem se vê uma parte em que o importante é valorizar o raciocínio assustadoramente calculista, ao invés de nos surpreender com suas conclusões apenas no final da história. É estranho, mas até que aceitável.
No decorrer, eles pecam em alguns detalhes importantes (Holmes pedindo para os subordinados de Lestrade procurarem impressões digitais na cena do crime, em pleno século XIX?), mas felizmente a maioria dos erros são razoavelmente justificados no final (embora eu ache estranho Dr. Watson ter deixado passar, no início, o fato de Lord Blackwood não ter posto a língua para fora, ao ser enforcado, e nem ter apresentado outros indícios de que havia morrido de fato, além da ausência de pulso).
É certo que todo o foco deles foi voltado em parecer o máximo com uma história escrita por Doyle com o mínimo de calmaria. O físico e a aparência que deram ao Holmes do filme em nada combinou com o do livro. Se Robert Downey Jr.(Sherlock Holmes) tivesse trocado com Mark Strong (Lord Blackwood), ficaria muito mais ‘verossímil’. Mas provavelmente não atrairia tantos casais às salas de cinema.
No geral, gostei do filme. Uma mistura de supense, ação, romantismo e até um toque de irreverência (muito bem representada pelo pobre buldog de Homes e Watson, que é a cobaia predileta do Detetive e a também a personagem que mais nos faz rir exatamente por esse papel e suas consequências).
O roteiro, a fotografia, as personagens e a trilha sonora nos prenderam de uma forma que mal desviava os olhos da telona para comentar um ou outro detalhe com meu amigo e vizinho de poltrona. O ambiente que eles formaram parecia nos transportar para dentro de um livro de Doyle, o que foi muito agradável. Enfim, foram duas horas ‘lendo’ um livro desses que te arrancam sorrissos, risadas, preocupações e (por quê não) lágrimas. Vale a pena assistir.






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