segunda-feira, 19 de abril de 2010

Haiah Festival

Sábado fomos a um festival num lugar bem no pé da serra, chamado Poço do Caixão, em Timbé do Sul. Fica bem pertinho dos Canyons e havia uma cachoeira maravilhosa bem do lado do palco. Tirando os mosquitos quase mortos de fome (o que fez com que o repelente se tornasse mais precioso que a cerveja por lá) e o frio típico das noites de outono, foi realmente uma experiência muito bacana.
Marcamos de sair de Araranguá às 13:30, mas como sempre tem um que esquece de trazer o quilo de alimento (definido como obrigatório para cada pessoa) ou alguém inventa de sair para comprar cigarro e cerveja e não volta mais (o que sempre deixa alguns mais preocupados com a integridade líquida da última), acabamos saindo quase 15h. Como aparecera mais gente na hora, separamos a turma em um carro e uma van. Fui com o Di no carro de uma moça muito simpática e que até agora estou tentando lembrar do nome, que tinha um baita bom gosto musical, por sinal (fomos ouvindo Janis Joplim até lá).
A vã foi pela estrada do Meleiro, enquanto fomos pelo Ermo. Eles pegaram mais asfalto, então perderam boa parte da parada pra comprar cerveja, o rally numa zona rural, com direito a pausas para esperar um vira-lata terminar de defecar no meio da estrada e para algumas galinhas se decidirem pra que lado vão ou se continuar tomando sol no meio da passagem.
Chegando no local, pegamos mais uma estrada de chão, mas mais razoável, sem morros e animais indecisos, apenas algumas curvas. O evento aconteceu num parque ecológico, onde se podia acampar nos dois dias de festival - 16 e 17 de Abril - e se sentar em qualquer lugar do chão, curtindo um bom rock, sem brigar com ninguém e sempre com aquela calma e constante música do cair da água.
Foram 18 bandas, sendo que as mais esperadas para o segundo dia eram: Gola Polo, Gangrena Inc., Leopoldo e Valeria, Kiss Cover e Metallica Cover. Duas bandas de amigos nossos tocaram também, a Trio e Capone e a Dinossauros. As três primeiras que eu citei já são tradição em qualidade, então só posso falar das últimas. A do cover do Kiss eu realmente esperava mais. Toda aquela maquiagem e ultraje a rigor revelou apenas uma banda que improvisava na hora dos solos e pareciam ainda um pouco assustados com o palco. Mas não estavam ruins. Com certeza melhor do que uma banda de punk rock, em que o vocalista cantava encurvado, com a guitarra quase no joelho e com uma voz desafinada e sem qualquer noção de métrica. Sem considerar a pinta toda de punk e tocando Green day. Fim da picada.
Mas, críticas à parte, foi muito divertido, estava na companhia de pessoas que sempre me fazem rir muito e que são como uma segunda família para mim.
Ver nossa amiga motorista trêbada e falando pelos quatro cantos era tão impagável como ver a cara que o Diogo ficou depois de urinar de frente para a cachoeira. Parece vulgar falando agora, mas foi realmente engraçado e sem malícia.
Nunca comi tanto misto quente e barra de cereal sabor morango como naquela noite. Se eu tivesse bebido, meu estômago nem perceberia o álcool chegar.
Tocou-se muitos clássicos dos anos 50, então era comum ver o Mazarra dançando, de modo que estou até agora tentando aprender a mexer meus pés daquele jeito, na hora do twist.
Juntar Makeila, Lis e Lu trêbadas e pulando feito molas também foi uma piada. O Nunes e o Léo também não estavam muito sãos, o que fez com que nossa turma dançasse bem mais do que aquele grupo de cabeludos uniformizados de preto e que, muitas vezes, só se mexiam para bater cabeça ou para iniciar uma roda punk.
O Luiz se empolgou na hora de tocar guitarra e se jogou de costas enquanto tocava, o que quase derrubou o cubo e o deu um susto no responsável pela organização no palco.
Ficamos praticamente 12h lá. Eu não podia mais ver barra de cereal na minha frente( até porque o Léo e o Nunes "chupinzaram" duas últimas do estoque da minha bolsa). Algumas coisas me chatearam, mas não fiquei muito tempo preocupada. Não há estresse que sobreviva a um sábado na companhia dos melhores amigos e de um bom e velho rock'n'roll.
Não aconteceram muitos eventos inusitados, mas era como estar em casa lá, com pessoas que não davam a mínima de onde tu vinha ou o que tu poderias oferecer a eles. Estavam todos lá, em paz, com uma única finalidade: ouvir boa música

4 comentários:

  1. Foi um sábado atípico e divertido. Pessoas loucas num ambiente paradisíaco regado a muito rock'n'roll.
    Volto a ratificar, urinar de frente pruma cachoeira é algo indescritível =]

    ResponderExcluir
  2. Foi um sábado perfeito, mesmo não ficando a noite toda ao lado de vocês.
    O lugar era lindo, a cachoira era um espetáculo a parte, as bandas na sua maioria eram boas.
    E tu como sempre escrevendo muito bem, arrisquei um post no meu blog também sobre o festival.
    Agora é aguardar o próximo!
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. GOSTEI MUITO DO SEU POST SOBRE O FESTIVAL, SOU UM DOS ORGANIZADORES DO EVENTO, ESTOU PASSANDO PRA AVISAR QUE ESTE ANO FAREMOS A 2ª EDIÇÃO DO HAIAH ROCK FESTIVAL, AVISE SEUS AMIGOS QUE NESTE ANO O FESTIVAL CONTARA COM DOIS PALCOS E COM SHOWS NACIONAIS. PARA QUE O SUL DE SC RESPIRE UM POR TRES DIAS O BOM E VELHO ROCKN ROLL

    FORTE ABRAÇO

    ResponderExcluir
  4. GOSTEI MUITO DO SEU POST SOBRE O EVENTO, SOU OUTRO ORGANIZADOR E ESTOU PASSANDO PARA AVISAR QUE ESTE ANO ESTAREMOS FAZENDO A 3º EDIÇÃO DO EVENTO NO DIA 10 DE MARÇO. TBM QUERIA AVISAR QUE O NOME DA LOCALIDADE É RIO DO SALTO, E NAO POÇO DO CAIXAO COMO FOI COLOCADO NO POST.

    ABRAÇO, ESPERAMOS TODOS LA E LONG LIVE ROCK'N ROLL

    ResponderExcluir